Dou voltas e voltas no lençol. Sinto-me mal!
Amanhã quando acordar será um dia tão vazio como o de hoje. Mas não deixo de estar impaciente.
O futuro mais escuro que este quarto. Não há uma réstia de luz que me indique o caminho.
As ideias tropeçam-me na cabeça sem que consiga fazer delas projectos.
Doi-me o corpo. Sinto-me mal. O coração bate aceleradamente mas o sangue não me aquece os pés gelados. Também o sinto bater na minha cabeça.
E amanhã? Sem dinheiro, sem trabalho, sem objectivos e sem vontade. Vou acordar novamente há espera da chamada que muda a minha vida. Mas dia após dia a esperança desaparece às quatro da tarde. O telemóvel não toca, e o resto do dia repete-se na mesma cadeira do mesmo café, cerveja após cerveja.
Vem a noite. Janto novamente sem apetite. Fumo até deixar de conseguir raciocinar. Deito-me.
Dou voltas e voltas no lençol. Sinto-me mal!
sábado, 2 de fevereiro de 2008
(re)encontros
O telemóvel toca... é o teu nome no ecrã!
Hesito, não sei se devo atender. Há meses que não falamos.
Num impulso o dedo carrega no botão... a tua voz.
Olá!
Resolveste ligar porque vais passar perto da minha casa.
Talvez um cafezinho?
Não sei o que fazer, pergunto-te onde estás, enquanto tento pensar.
Atravesso a estrada, olho para o lado na passadeira... és tu! No carro...
Fico estático, a chamada desliga-se, os carros apitam, eu entro.
O que é que aconteceu aqui?
Não sei, mas estou toda arrepiada!
Acordas nua, sozinha. Há um papel na mesa de cabeceira.
Tenho medo do que poderia acontecer à minha vida se ficasse contigo.
Desculpa, mas não tenho coragem.
Segundos
A chuva cai lentamente. O limpa para-brisas cumpre a sua função com uma preguiça contagiante.
Desfaço a curva, o carro foge... um carro em sentido contrário. Pânico!
5 segundos eternos... o carro passa, eu paro nem sei bem onde.
Estou vivo? Sim estou vivo. Não sinto as pernas... o corpo treme.
Ainda não sei porquê, mas estou vivo.
Desfaço a curva, o carro foge... um carro em sentido contrário. Pânico!
5 segundos eternos... o carro passa, eu paro nem sei bem onde.
Estou vivo? Sim estou vivo. Não sinto as pernas... o corpo treme.
Ainda não sei porquê, mas estou vivo.
Biblô
Desculpa, mas há momentos em que é difícil ser sempre a tua última prioridade. Não te quero atrapalhar, nem quero que deixes os teus objectivos por minha causa. Bem sei que não tens culpa... talvez seja eu que preciso demasiado de ti.
Mas não me peças, por favor, para continuar a ocupar o lugar de biblô na tua vida. Chega... preciso de mais.
Vou desaparecer durante uns dias. O tempo vai passar, e eu vou esperar que a saudade faça alguma coisa por nós.
Quando me quiseres diz alguma coisa, eu não devo estar ocupado.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Sobressaltos
Quem és tu afinal? Porque razão só te encontro nos meus sonhos? E porque é que acordo sem me conseguir lembrar de ti?
Eu sei que és tu, és sempre tu que me fazes acordar sobressaltado. Mesmo a sonhar tenho consciência que é contigo que sonho das outras vezes, identifico-te logo... e a seguir o mesmo acordar, em queda livre, com o coração descontrolado.
Depois vem o vazio, a amnésia total de tudo o que aconteceu. A incapacidade para relembrar o teu rosto, a certeza de que eras tu outra vez.
Vou voltar a sonhar contigo, eu sei. Mas quem és tu afinal?
Eu sei que és tu, és sempre tu que me fazes acordar sobressaltado. Mesmo a sonhar tenho consciência que é contigo que sonho das outras vezes, identifico-te logo... e a seguir o mesmo acordar, em queda livre, com o coração descontrolado.
Depois vem o vazio, a amnésia total de tudo o que aconteceu. A incapacidade para relembrar o teu rosto, a certeza de que eras tu outra vez.
Vou voltar a sonhar contigo, eu sei. Mas quem és tu afinal?
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