sábado, 2 de fevereiro de 2008

(re)encontros


O telemóvel toca... é o teu nome no ecrã!
Hesito, não sei se devo atender. Há meses que não falamos.
Num impulso o dedo carrega no botão... a tua voz.

Olá!

Resolveste ligar porque vais passar perto da minha casa.

Talvez um cafezinho?

Não sei o que fazer, pergunto-te onde estás, enquanto tento pensar.
Atravesso a estrada, olho para o lado na passadeira... és tu! No carro...
Fico estático, a chamada desliga-se, os carros apitam, eu entro.

O que é que aconteceu aqui?
Não sei, mas estou toda arrepiada!

Acordas nua, sozinha. Há um papel na mesa de cabeceira.

Tenho medo do que poderia acontecer à minha vida se ficasse contigo.
Desculpa, mas não tenho coragem.



1 comentário:

Derfel disse...

Muita coisa dá que pensar e fazer reflectir sobre a vida....o Destino é uma delas, acredito piamente que tudo na vida tem uma razão, um motivo de ser. A história que escreves-te é um exemplo disso....
Embora a personagem que descreves não tenha tido coragem para arriscar uma "vida" ou algo do genero com a mulher misteriosa, acho que acaba no fundo por revelar alguma coragem, ao não ter arriscado...com medo que pudesse acontecer com a sua vida, com alguém que pudesse magoar...

Abraço